Fósseis

 Fósseis 

    A fossilização de um organismo é resultante da ação de um conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que atuam no ambiente deposicional onde o organismo morreu e se depositou. A área do conhecimento que estuda a fossilização chama-se tafonomia.
     Tafonomia: a tafonomia é o estudo da decomposição, deterioramento, desintegração dos organismos ou partes desses no tempo e como esses restos se tornam fossilizados. Ao longo do tempo geológico uma porcentagem minúscula de espécies que viveram no planeta Terra conseguiram escapar do ciclo natural de destruição total, tornando-se fósseis preservados em rochas sedimentares.

FATORES QUE ATUAM NA PRESERVAÇÃO DE INDIVÍDUOS E FAVORECEM A FOSSILIZAÇÃO  


1) rápido soterramento após a morte; 
2) ausência de decomposição por bactérias e fungos; 
3) a composição química e estrutural do esqueleto [partes duras tem mais chance de fossilizar];
4) o modo de vida do organismo;
5) as condições químicas que imperam no meio onde o organismo morreu [se é um deserto, um pântano, uma caverna ou um lago de alcatrão (piche)].


                                                        TIPOS DE FÓSSEIS


    Os fósseis podem ser preservados de diferentes modos dependendo dos fatores e das substâncias químicas que atuaram após a morte do organismo. Os fósseis são divididos em dois grupos: restos e vestígios.

    Restos: na maioria das vezes constituem em partes mais resistentes dos organismos, tais como conchas, ossos e dentes, denominadas partes duras.

    Vestígiostipo de fóssil que ocorre apenas com evidências indiretas dos seres vivos, isto é, resultam de suas atividades biológicas.

    As partes duras, devido a sua natureza tem mais chance de se fossilizarem. Sua composição pode ser sílica, bastante resistente às intempéries, como as espículas de algumas esponjas: de carbonato de cálcio sob a forma de calcita ou aragonita, das equinodermas e conchas de moluscos: de quitina, um polissacarídeo complexo, menos durável do que a maioria dos esqueletos dos artrópodes. Mesmo nas rochas  mais antigas, são encontradas muitas partes duras que se conservaram sem alteração na sua composição química original. 

    No Brasil, essas ocorrências são raras devido ao alto grau de intemperismo que atuam as rochas, mas foram encontradas conchas de gastrópodes cretáceos da bacia do Sergipe que apresentam a coloração original.

PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO

    Carbonização: é um processo onde ocorre a perda gradual dos elementos voláteis da matéria orgânica onde estão liberados, ficando apenas com uma película de carbono. Esse tipo de fossilização ocorre com maior frequência nas estruturas constituídas por lignina, celulose, quitina e queratina. Apesar das alterações ocorrida sua composição química original, muitas vezes a microestrutura fica preservada, permitindo o estudo da anatomia dos vegetais fósseis. 

    Incrustação: as substâncias transportadas pela água cristalizam-se na superfície da estrutura, revestindo-a por completo, preservando assim a parte dura. Esse é o processo de fossilização que ocorre geralmente com organismos mortos ou transformados para cavernas. Os animais morrem, a parte orgânica desaparece e então os ossos são incrustados da carbonato de cálcio. Além da calcita, outras substâncias podem participar desse processo, como a piruta e a sílica.

    Permineralização: é um tipo de fossilização bastante frequente. Ocorre quando um mineral preenche, catalíticos ou cavidades existentes no organismo. Os ossos  e troncos de árvores são bastante porosos e suscetíveis a essa forma de preservação. As substâncias minerais, como o carbonato de cálcio e a sílica, que são capazes de ser dissolvidos e carregados pela agua, penetram-se nas cavidades lentamente, permitindo muitas vezes que a estrutura original seja preservada.

    Substituição: é um processo de fossilização que ocorre quando, por exemplo, o carbonato de de cálcio que constitui as conchas é substituída por sílica, pirita ou limonita e até mesmo por um novo carbonato de cálcio. Nesses casos os fósseis são réplicas das conchas primitivas. Quando esse processo é muito lento detalhes a estrutura dos tecidos podem ficar preservados.

    Recristalização: ocorre quando há maior modificação na estrutura, cristalina do mineral original, e a composição química continua sendo a mesma. Um exemplo é a conversão da aragonita das conchas de moluscos em calcita: a mudança no arranjo cristalino da calcita de micro para macro Cristalina da opala amorfa para calcedônia criptocristalina sempre que ocorre recristalização, há a destruição das micro estruturas o que impossibilita qualquer informação sobre as células ou outras micro estruturas.
 


Fonte: Passei Direto


Fonte: Prezi


Fonte: Educação


Fonte: InfoEscola













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